Desde o primeiro livro, Harry Potter já era um sucesso. O livro tinha de tudo para virar um grande filme: drama, aventura, ação, magia, uma grande amizade... e é claro que foi o que aconteceu. Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o grande azarão da série, lançado em 2001. As coisas começaram em fogo brando, muitas críticas pesadas à adaptação, à direção, aos efeitos especiais. Mas o filme marcou o ano e os fãs, arrebentou as bilheterias e garantiu a continuidade da série. De fato, o primeiro filme não é o melhor de todos, mas marca a estréia do trio Daniel Radcliffe (Harry Potter), Emma Watson (Hermione Granger) e Rupert Grint (Rony Weasley).
No segundo filme, Harry Potter e a Câmara Secreta (2002), muitos erros foram corrigidos, novas adaptações foram feitas. Os efeitos especiais evoluíram, a equipe de roteiro acertou a mão e os fãs saíram mais satisfeitos das sessões. As críticas melhoraram, o faturamento aumentou, e muitos produtos foram lançados. Com a apresentação de novos personagens, a trama foi ganhando um tom mais sombrio e emocionante.
O terceiro filme, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), demorou tanto para ficar pronto que, quando foi pra telona assustou os fãs: Harry, Rony e Hermione já estavam grandes e diferentes. As vozes e atitudes mudaram, e eles pareciam meio grandes demais para seus papéis. Entretanto, este filme é lembrado por muitos fãs como o melhor da série. E também pelo impacto de um anúncio: talvez o trio não estivesse junto no próximo filme, pois a velocidade do crescimento deles era maior do que a da produção.
Sendo assim, o filme seguinte, Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), foi gravado se atropelando para ver que bicho dava. E o resultado foi, na verdade, muito bom. Com o trio principal vivendo plena adolescência, o filme marca por ser não só uma aventura bem sombria, mas também por ser o primeiro Harry Potter em que a classificação etária não foi livre. Com o elenco finalmente firmado, os três principais, assim como os muitos secundários, mostraram que tinham mesmo vindo para ficar.
Harry Potter e a Ordem da Fênix, de 2007, foi outro filme muito esperado, principalmente porque mais uma vez a estréia demorou e se achava que seria muito difícil superar o anterior em termos de roteiro. Neste filme alguns personagens ganham um destaque muito maior, mostrando que definitivamente estão maduros. Aquelas criancinhas de 2001 ficaram pra trás, dando espaço a quase adultos muito fortes e decididos. E é claro que o filme acabou superando o anterior, seja em termos de roteiro, seja em termos de efeitos.
O filme seguinte, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009), foi marcado por alguns acontecimentos controversos, como a mudança na data de lançamento e a volta de David Yates à direção da série. Além disso, o filme já vinha com uma carga muito grande de responsabilidade: deixar o terreno preparado para o grande final. Havia virado lugar comum dizer que a cada Harry Potter a equipe se superava e criava cada vez melhor, mas é claro que ninguém deixou de dizer isso.
E então, o fim da série começou numa quarta-feira, dia 17 de novembro de 2010. Harry Potter a as Relíquias da Morte – Parte 1 chegou às telonas estourando todas as bilheterias, fazendo fãs ficarem horas na fila, gritarem, se descabelarem e chorarem. Acredito que eu nunca vi tanta loucura nas filas do cinema. O filme, definitivamente, foi o mais esperado de 2010, e no ato de seu lançamento muitos fãs aproveitaram para divulgar sites, fanfics, lojas de fantasias e até malharias especializadas em Harry Potter.
Importante observar que a maioria dos espectadores do filme não era mais um monte de crianças e jovens adolescentes. Assim como os personagens dos filmes, seus fãs cresceram. Alguns já estavam levando seus filhos para ver o filme ou acompanhando o irmãozinho. Mas a verdade é que o tempo passa para todos, e os fãs de Harry Potter tem de 8 à 80 anos.
Mas todo esse furor já era de se esperar. Essa primeira parte significava muito mais do que somente o fim de uma série. Significava também o fim da adolescência de muita gente que (assim como eu) acompanhou a história do bruxinho britânico desde a idade que ele tinha no primeiro livro.
Harry Potter e as Relíquias da Morte foi mais do que aclamado, ele superou todas as expectativas. Definitivamente, o roteiro mais bem adaptado, mais bem amarrado com os melhores efeitos e as melhores passagens estão neste filme. Guarda-se sempre o melhor para o final.
O filme, claro, tem um tom muito mais maduro. O cenário não é mais uma escola, não há professores e alunos. Agora, Harry, Rony e Hermione estão por sua própria conta, fugindo e tentando se proteger a qualquer custo, ao mesmo tempo em que tentam dar conta de destruir as horcruxes, fontes de poder de Voldemort. Agora eles começam, de fato, a saga da luta entre o bem e o mal.
O perigo pode estar em qualquer lugar, todos os bruxos maus estão a solta, prendendo e matando aqueles que não se juntarem a sua causa. O mundo dos trouxas também está ameaçado, e acontecem muitos fenômenos que ninguém consegue entender. Os bruxos partidários de Voldemort tomaram até o Ministério da Magia, e agora nenhum lugar é seguro.
Todos os sentimentos e parcerias serão postos a prova. Só quando a crise se instaura completamente é que se pode reconhecer os verdadeiros amigos, e agora todas as amizades estão sendo testadas, sejam para o bem, sejam para o mal.
Como o filme acaba na metade da história do livro, muitas questões ficam em aberto. Mas isso já era de se esperar. Entretanto, os sentimentos dos fãs são controversos. Ao mesmo tempo que se espera ansiosamente o término da série, não se quer chegar ao fim. Porque ele significa um ponto final na magnífica saga do bruxinho. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 está previsto para maio deste ano, e causa muito furor entre todos que esperam este filme há 10 anos.
Foram lançados cartazes, trailers, fotos vazaram, mas nada disso é suficientes. Os fãs (e eu digo isso porque sei como é) só serão saciados quando começarem a subir os créditos do último capítulo da série. Este promete ser uma despedida em grande estilo de toda a magia e bruxaria. Para quem leu o livro, as surpresas ficam por conta da direção, da produção e da adaptação. Para quem não leu, cada frame é uma nova emoção.
É claro que essa turma, que a gente acompanha nos livros e nas telonas há 10 anos, merece uma boa despedida. Uma superprodução é o mínimo que se pode oferecer, não somente aos fãs, mas à todos aqueles que se esforçaram por produzir uma das melhores séries de fantasia e aventura de todos os tempo.
Eu imagino que isso causará um pouco de dúvida, um pouco de saudades, um pouco de lágrimas. Nunca é fácil se chegar ao fim, muitas pessoas não são boas com despedidas. Mas tenho a impressão de que nunca vi um fim tão aguardado quanto este.
Termina a maior saga cinematográfica de todos os tempos. E vai deixar muitas saudades. Sentirei falta da espera por um novo trailer, da espera por uma foto que caia na rede e dos trechos que vazavam sem querer. Sentirei falta da história, dos efeitos, das decisões da produção e da escolha do diretor. Sentirei falta da espera pelo novo filme, do frio na barriga na fila do cinema e do cheiro da pipoca, que nestes dias parece que está mais especial. Sentirei falta dos personagens, da amizade, dos risos e das lágrimas. Sentirei falta da minha infância, da minha adolescência e das descobertas que fiz ao lado desta turma, que nunca esteve ao meu lado, mas sempre fez parte de mim. Mas, acima de tudo, sentirei falta da sensação que é descobrir que a verdadeira magia pode se tornar realidade. Seja nas páginas do livro, seja nas telas do cinema.
No segundo filme, Harry Potter e a Câmara Secreta (2002), muitos erros foram corrigidos, novas adaptações foram feitas. Os efeitos especiais evoluíram, a equipe de roteiro acertou a mão e os fãs saíram mais satisfeitos das sessões. As críticas melhoraram, o faturamento aumentou, e muitos produtos foram lançados. Com a apresentação de novos personagens, a trama foi ganhando um tom mais sombrio e emocionante.
O terceiro filme, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), demorou tanto para ficar pronto que, quando foi pra telona assustou os fãs: Harry, Rony e Hermione já estavam grandes e diferentes. As vozes e atitudes mudaram, e eles pareciam meio grandes demais para seus papéis. Entretanto, este filme é lembrado por muitos fãs como o melhor da série. E também pelo impacto de um anúncio: talvez o trio não estivesse junto no próximo filme, pois a velocidade do crescimento deles era maior do que a da produção.
Sendo assim, o filme seguinte, Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), foi gravado se atropelando para ver que bicho dava. E o resultado foi, na verdade, muito bom. Com o trio principal vivendo plena adolescência, o filme marca por ser não só uma aventura bem sombria, mas também por ser o primeiro Harry Potter em que a classificação etária não foi livre. Com o elenco finalmente firmado, os três principais, assim como os muitos secundários, mostraram que tinham mesmo vindo para ficar.
Harry Potter e a Ordem da Fênix, de 2007, foi outro filme muito esperado, principalmente porque mais uma vez a estréia demorou e se achava que seria muito difícil superar o anterior em termos de roteiro. Neste filme alguns personagens ganham um destaque muito maior, mostrando que definitivamente estão maduros. Aquelas criancinhas de 2001 ficaram pra trás, dando espaço a quase adultos muito fortes e decididos. E é claro que o filme acabou superando o anterior, seja em termos de roteiro, seja em termos de efeitos.
O filme seguinte, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009), foi marcado por alguns acontecimentos controversos, como a mudança na data de lançamento e a volta de David Yates à direção da série. Além disso, o filme já vinha com uma carga muito grande de responsabilidade: deixar o terreno preparado para o grande final. Havia virado lugar comum dizer que a cada Harry Potter a equipe se superava e criava cada vez melhor, mas é claro que ninguém deixou de dizer isso.
E então, o fim da série começou numa quarta-feira, dia 17 de novembro de 2010. Harry Potter a as Relíquias da Morte – Parte 1 chegou às telonas estourando todas as bilheterias, fazendo fãs ficarem horas na fila, gritarem, se descabelarem e chorarem. Acredito que eu nunca vi tanta loucura nas filas do cinema. O filme, definitivamente, foi o mais esperado de 2010, e no ato de seu lançamento muitos fãs aproveitaram para divulgar sites, fanfics, lojas de fantasias e até malharias especializadas em Harry Potter.
Importante observar que a maioria dos espectadores do filme não era mais um monte de crianças e jovens adolescentes. Assim como os personagens dos filmes, seus fãs cresceram. Alguns já estavam levando seus filhos para ver o filme ou acompanhando o irmãozinho. Mas a verdade é que o tempo passa para todos, e os fãs de Harry Potter tem de 8 à 80 anos.
Mas todo esse furor já era de se esperar. Essa primeira parte significava muito mais do que somente o fim de uma série. Significava também o fim da adolescência de muita gente que (assim como eu) acompanhou a história do bruxinho britânico desde a idade que ele tinha no primeiro livro.
Harry Potter e as Relíquias da Morte foi mais do que aclamado, ele superou todas as expectativas. Definitivamente, o roteiro mais bem adaptado, mais bem amarrado com os melhores efeitos e as melhores passagens estão neste filme. Guarda-se sempre o melhor para o final.
O filme, claro, tem um tom muito mais maduro. O cenário não é mais uma escola, não há professores e alunos. Agora, Harry, Rony e Hermione estão por sua própria conta, fugindo e tentando se proteger a qualquer custo, ao mesmo tempo em que tentam dar conta de destruir as horcruxes, fontes de poder de Voldemort. Agora eles começam, de fato, a saga da luta entre o bem e o mal.
O perigo pode estar em qualquer lugar, todos os bruxos maus estão a solta, prendendo e matando aqueles que não se juntarem a sua causa. O mundo dos trouxas também está ameaçado, e acontecem muitos fenômenos que ninguém consegue entender. Os bruxos partidários de Voldemort tomaram até o Ministério da Magia, e agora nenhum lugar é seguro.
Todos os sentimentos e parcerias serão postos a prova. Só quando a crise se instaura completamente é que se pode reconhecer os verdadeiros amigos, e agora todas as amizades estão sendo testadas, sejam para o bem, sejam para o mal.
Como o filme acaba na metade da história do livro, muitas questões ficam em aberto. Mas isso já era de se esperar. Entretanto, os sentimentos dos fãs são controversos. Ao mesmo tempo que se espera ansiosamente o término da série, não se quer chegar ao fim. Porque ele significa um ponto final na magnífica saga do bruxinho. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 está previsto para maio deste ano, e causa muito furor entre todos que esperam este filme há 10 anos.
Foram lançados cartazes, trailers, fotos vazaram, mas nada disso é suficientes. Os fãs (e eu digo isso porque sei como é) só serão saciados quando começarem a subir os créditos do último capítulo da série. Este promete ser uma despedida em grande estilo de toda a magia e bruxaria. Para quem leu o livro, as surpresas ficam por conta da direção, da produção e da adaptação. Para quem não leu, cada frame é uma nova emoção.
É claro que essa turma, que a gente acompanha nos livros e nas telonas há 10 anos, merece uma boa despedida. Uma superprodução é o mínimo que se pode oferecer, não somente aos fãs, mas à todos aqueles que se esforçaram por produzir uma das melhores séries de fantasia e aventura de todos os tempo.
Eu imagino que isso causará um pouco de dúvida, um pouco de saudades, um pouco de lágrimas. Nunca é fácil se chegar ao fim, muitas pessoas não são boas com despedidas. Mas tenho a impressão de que nunca vi um fim tão aguardado quanto este.
Termina a maior saga cinematográfica de todos os tempos. E vai deixar muitas saudades. Sentirei falta da espera por um novo trailer, da espera por uma foto que caia na rede e dos trechos que vazavam sem querer. Sentirei falta da história, dos efeitos, das decisões da produção e da escolha do diretor. Sentirei falta da espera pelo novo filme, do frio na barriga na fila do cinema e do cheiro da pipoca, que nestes dias parece que está mais especial. Sentirei falta dos personagens, da amizade, dos risos e das lágrimas. Sentirei falta da minha infância, da minha adolescência e das descobertas que fiz ao lado desta turma, que nunca esteve ao meu lado, mas sempre fez parte de mim. Mas, acima de tudo, sentirei falta da sensação que é descobrir que a verdadeira magia pode se tornar realidade. Seja nas páginas do livro, seja nas telas do cinema.
Creditos:
 | Autora: Carol Bull - @carolzinhabull Formada em Estudos de Mídia, estudante de pós-graduação em Arte e Cultura. É amante do cinema desde que se lembra... |
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